terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PRESOS OS SUSPEITOS DE CRIME DE LATROCÍNIO QUE OCORREU NA GETHAL



Valmir Socrepa, 47 anos, foi morto em sua casa, no bairro Gethal, na madrugada de 25 de setembro de 2011. Dois homens foram detidos e uma jovem de 18 anos foi apreendida pelo Departamento de Investigações Criminais (DIC), suspeitos de terem participado do crime. Socrepa levou dois golpes de machado na face quando surpreendeu José Augusto Ávila da Silva, 18 anos; Sílvio Stefen Neto, 27; e uma adolescente que na época tinha 17 anos, furtando em sua casa.





De acordo com o delegado do 3º DP, Sérgio Roberto Sousa, os três estavam fumando crack, quando a droga acabou. “Aí o José Augusto disse que sabia onde poderia roubar objetos para depois vender e comprar mais droga. Ele foi até a casa de Socrepa que viu o roubo e se defendeu, dando um golpe de machado na cabeça de José. Machucado, José fugiu para a casa de Sílvio, chegando lá os dois e a adolescente decidiram voltar à casa de Socrepa para tentar roubar novamente”, conta.


Com o barulho que os três fizeram, Socrepa que estava dormindo, acordou e levou dois socos de José Augusto. “Nisso, Sílvio com um machado que encontrou na residência, deu quatro golpes contra o rosto de Socrepa, ocasionando a morte dele”, relata o delegado.


Após a morte da vítima, os três continuaram procurando objetos de valor na casa para roubar. “A casa de Sílvio é próxima à casa de Socrepa. Como queriam roubar vários objetos, eles saíam da casa da vítima e iam até a casa de Sílvio, isso ocorreu seis vezes”.


Eles roubaram televisão, botijão de gás, roupas, mala, creme para cabelo, sabão em pó, escova de cabelo, assadeira, liquidificador, edredon e diversos alimentos. “Eles pegaram quase tudo que tinha na casa e dividiram os produtos. A televisão, José Augusto trocou por droga, que foi consumida, na sequência, na casa de Sílvio”.


O delegado diz que, enquanto consumiam a droga, um primo de Sílvio chegou na casa e disse que a polícia estava na residência de Valmir Socrepa.


A polícia, ao chegar no local, encontrou um homem na casa da vítima e o enquadrou como principal suspeito. “Esse homem já tinha passagem na polícia e isso também contribuiu para ser o primeiro suspeito”.


A DIC conseguiu elucidar o crime, porque o delegado, há duas semanas, autuou José Augusto por crime de furto. Ao ir na cela, o delegado o surpreendeu comentando com outros presos sobre a morte de Socrepa. “Aí desconfiei e o interroguei. Ele acabou contando alguns detalhes do crime, mas de forma distorcida. Colocando a culpa somente no Sílvio. Com as informações preliminares, fomos atrás dos principais suspeitos e interrogamos todos. Pedimos a prisão preventiva de quatro pessoas. Foi presa a adolescente, o José Augusto, Sílvio e um tal de Ivan que geralmente usava drogas com eles”.


Com as prisões, o delegado conta que surgiram mais nomes de pessoas suspeitas. “Pegamos o depoimento de todos. Mas José acabou confessando o crime e contando todos os detalhes que nos fizeram definir a autoria”.


José Augusto está preso pelo crime de furto há duas semanas. Silvio está detido temporariamente e a então adolescente está apreendida. O delegado vai encerrar e remeter o inquérito para o Judiciário, e pedir a conversão da prisão temporária da adolescente e de Silvio para preventiva. Além disso, odelegado também pedirá a prisão preventiva de José Augusto.


José Augusto e Sílvio irão responder por crime de latrocínio. Apesar da adolescente atualmente ter 18 anos, na data do crime, era menor de idade e por isso, responderá por ato infracional de latrocínio. “Ela pode ficar apreendida até os 21 anos, já os homens poderão pegar pena de 20 a 30 anos”, finaliza.


Filha quer condenação máxima

Mariana Socrepa, filha de Valmir, afirma se sentir aliviada com a elucidação do crime. “Na minha família nunca tinha acontecido um crime. Ficamos muito chocados com a morte do pai. Vou procurar um advogado para que eles peguem a pena máxima. E se não der certo, creio que a justiça divina será feita”, comenta.


Fonte: www.clmais.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário